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'410 mil vidas me separam do presidente': as críticas de Mandetta a Bolsonaro na CPI da Covid

Foto do escritor: MovimentandoMovimentando
  • Mariana Schreiber - @marischreiber

  • Da BBC News Brasil em Brasília


AGÊNCIA SENADO

Legenda da foto, Mandetta deixou o governo no início da pandemia por divergências com Bolsonaro


Primeiro ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (DEM) não poupou críticas ao presidente em seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investiga ações e omissões de autoridades no enfrentamento da pandemia.


Segundo Mandetta, Bolsonaro ignorou a ciência e as informações de sua pasta sobre a gravidade da crise sanitária. Mesmo alertado, diz o ex-ministro, o presidente optou por não fazer uma campanha de conscientização da população, preferindo estimular o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.

Nesse sentido, revelou que chegou a ser discutida internamente no governo uma alteração da bula da cloroquina para incluir uso no tratamento da covid-19, muito embora não houvesse estudos embasando isso.

"Hoje, 410 mil vidas me separam do presidente", disse Mandetta a senadores, em referência às quase 410 mil vítimas da covid-19 no país.


Matéria original da BBC News Brasil

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